Deputadas da FPSM protocolam PL sobre atendimento psicossocial à vítimas de LGBTfobia e racismo

Projeto de Lei, de autoria de Duda Salabert (PDT/MG), Daiana Santos (PCdoB/RS) e Carla Ayres (PT/RS), propõe a inclusão de atendimento especializado no SUS

Projeto de Lei (PL) 3508/2024 - propõe a criação de atendimento especializado no SUS para vítimas de LGBTfobia e racismo

As deputadas, e integrantes da Frente Parlamentar Mista pela Promoção da Saúde Mental (FPSM), Duda Salabert (PDT/MG) e Daiana Santos (PCdoB-RS), junto com Carla Ayres (PT-SC), protocolaram o Projeto de Lei (PL) 3508/2024, que propõe a inclusão de atendimento psicológico especializado no Sistema Único de Saúde (SUS) para vítimas de racismo e LGBTfobia. O objetivo do projeto é garantir que as pessoas que registraram denúncia de terem sido alvo de racismo e LGBTfobia tenham acesso a um suporte emocional adequado.

O PL prevê que o atendimento seja realizado principalmente no âmbito da Atenção Primária em Saúde e que o Poder Público garanta programas de formação continuada ao quadro de servidores do SUS para que o atendimento seja livre de preconceitos e garanta um ambiente acolhedor às vítimas. Também é proposto que os órgãos relacionados ao SUS promovam campanhas para a divulgação do serviço de acolhimento psicossocial, com objetivo de que toda a população tenha conhecimento da sua existência.

Na justificativa para a formulação do PL, as deputadas destacam a necessidade de existir políticas públicas que lidem com as consequências psicológicas dessas discriminações, além de promover uma rede de apoio dentro do SUS para tratar os traumas e evitar o agravamento do sofrimento psíquico das vítimas.

“As vítimas dessas formas de violência frequentemente enfrentam desafios para acessar serviços de saúde mental, encontrar atendimento psicológico no SUS ainda é difícil na maioria dos municípios, mais difícil ainda é encontrar um profissional que esteja preparado para atender às necessidades específicas das pessoas negras e LGBTI+”, escrevem. “[O PL] busca corrigir uma lacuna no sistema de saúde pública, promovendo justiça e oferecendo condições para que as pessoas afetadas por essas formas de opressão possam reconstruir sua autoestima, superar traumas e viver com dignidade”.

Para saber mais, leia a íntegra do Projeto de Lei 3508/2024.